Cápsulas do Tempo, o Património Cultural Subaquático dos Açores
A Secretaria Regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital, por via da Direção Regional da Cultura (DRC), através do Museu da Graciosa, promove a partir do dia 4 de Fevereiro, a exposição temporária “Cápsulas do Tempo, o Património Cultural Subaquático dos Açores”.
O projeto expositivo, que estará patente até 17 de Abril, surge no âmbito do Projeto Margullar 2, com co-financiamento Interreg-MAC, e pretende dar a conhecer as histórias dos naufrágios documentalmente registados nos mares açorianos e a importância geoestratégica do arquipélago na expansão europeia do século XV.
Dispersos pelas águas dos mares dos Açores repousam cerca de um milhar de naufrágios que, ao constituírem-se como narrativas individualizadas de desastres marítimos, representam cápsulas do tempo de épocas que, como que numa máquina mágica, permitem o acesso a eras pretéritas que consubstanciam o relevante património subaquático insular.
A exposição, composta por uma dezena de painéis (em formato roll-up), contará com diversas peças nunca antes exibidas, relacionadas com os naufrágios descobertos, nos últimos anos, no mar dos Açores.
A exposição “Cápsulas do Tempo” mostra como, durante a expansão europeia, a navegação à vela, na sua passagem pelos mares dos Açores – sensivelmente localizados a meio caminho entre continentes, favorecidos pela corrente do Golfo, via de acesso privilegiada e única à Europa –, aqui encontrou ilhas-porto-de-abrigo, mas também ilhas-cemitério dos que cruzaram oceanos. Apesar de pertencer a Portugal, o arquipélago correspondeu, em quase toda a sua história, a um território de trânsito e comércio livre, por onde todas as bandeiras puderam navegar, sem o qual, como ponto de apoio às grandes navegações, a expansão europeia teria sido, necessariamente, muito diferente.