Museu da Graciosa
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Novembro 2024

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DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS

2010|2020 Pintura de Rui Melo

Esta exposição que estará patente no Museu da Graciosa, com abertura programada para 18 de maio de 2022, Dia Internacional dos Museus, apresentará pintura do período entre 2010 e 2020, como indica o seu título. As peças em exposição fazem parte de duas fases, tendo integrado, elas próprias, exposições marcantes no percurso do artista plástico. Em 2015 realizava-se no Museu de Angra do Heroísmo a exposição “Em Concreto”, cujo título resultaria da predominância da utilização como suporte, de um painel compósito de madeira e cimento, com a designação comercial Viroc, sobre a qual, Carlos Bessa escreveu: (…) Rui Melo invoca, no título desta exposição, o duplo sentido de concreto, parodiando o significado comum do termo (real, palpável, sólido, objectivo) com o que ele tomou nas artes plásticas, por via do concretismo, ou seja, o de materialização visual de conceitos intelectuais através de formas visuais em movimento, pondo de lado a representação figurativa do real. (…) Apurando um estratigrama íntimo que (…) parece transcrever para os seus quadros, cristalizando neles um pouco do fulgor que nos oferece o mundo natural. Como se buscasse a ciência última de todas as coisas, que transbordam e vivificam, deixando testemunho individual de um instante, de um pormenor”.

Este era um trabalho exploratório, entretanto, iniciado em 2009, que deu origem a duas peças que se encontram atualmente na coleção do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande e ao “Quadrado n.º 1”, aqui presente, que integrou em 2014, a exposição “Arte Hoje”, organizada pela Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa e em que viria a ser um dos trabalhos premiados.

O outro momento de particular relevância, no âmbito do conjunto aqui proposto, foi o desenvolvimento da série “Paisagem Transversal”, que se iniciou em 2014, sendo exposto pela primeira vez em 2019, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro de Angra do Heroísmo. No antigo Islanscapes of the Azores and Madeira in the Art of Nuno Henrique, Maria José Cavaco e Rui Melo, publicado na Revista Científica SHIMA: The International Journal of Research Into Island Cultures, editada pelo Island Cultures Research Centre da Macquarie University, Sydney, 2019, Ana Nolasco escreve: “A série Paisagem Transversal (…), pode considerar-se a representante, numa geração mais recente, de uma linha experimental pictórica do encontro fenomenológico com as ilhas vulcânicas - na contracorrente da visão pitoresca das ilhas – que já se manifesta nas gerações anteriores em pintores como o açoriano José Nuno da Câmara Pereira (1937-2018) ou o artista canário César Manrique (1919-1992), cujas obras são marcadas pela experiência da eminente atividade vulcânica. (...) A atitude simbolicamente patente nas pinturas de Rui Melo, não procurando ter o controlo total sobre o seu processo criativo, aponta para uma fuga ao paradigma tradicional do Ocidente, em linha com uma atitude de não apropriação da natureza. Neste sentido, através de um gesto não dominador sobre os materiais da sua pintura – procurando apenas orientar a sua manifestação no suporte – testemunha o seu respeito e sintonia para com as forças telúricas, parte integrante da sua própria natureza, enquanto ilhéu.”

A exposição de 2022 no Museu da Graciosa, faz assim um resumo retrospetivo destas explorações pictóricas, condensando num só momento, linhas de pensamento anteriormente apresentadas como distintas, mas que na verdade, a esta distância temporal se manifestam claramente complementares e interligadas.

 

http://ruimelo.net/biog.html

Video : https://youtu.be/uxbSYtHTUMc

 

 

Categoria
Local
Sala de eventos do Museu
Data Inicial
2022-05-18
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